Humberto de Campos Filho, ofertando ao Espiritismo valiosa contribuição, compôs a primeira biografia de Batuíra. Tal iniciativa nasceu da indicação de Celso Maiellari, que lhe confidenciou não existir qualquer obra biográfica dedicada a esse espírito de escol.
Humberto C. Filho faz pesquisas preliminares, esboça um rascunho e fica doente vindo a desencarnar antes da publicação do livro.
Alguns anos depois Celso Maiellari que também é amigo do renomado biografo Eduardo Carvalho Monteiro apresenta os rascunhos sobre Batuíra que de imediato publica a obra com prefacio de Celso Maiellari contando a historia dos Humbertos...
O livro é sensacional, Batuíra, Verdade e Luz, e vale muito a sua leitura. Aqui tem o link para lê-lo gratuitamente em PDF. (LINK)
Mas... Passado alguns anos, por intuição ou indicação o Biografo Eduardo Carvalho Monteiro escreve um novo livro sobre Batuíra contando fatos novos e fazendo a correção da data de nascimento de Batuíra, apresentando a sua certidão de nascimento.
O livro também é sensacional, Batuíra, o Diabo e a Igreja, e eu indico sua leitura. A correção da data de nascimento é feita logo no prefacio da nova obra.
Esse livro ainda não esta em domínio público para leitura em PDF gratuita, mas pode ser baixado na Amazon. Estava R$6,00 no começo de 2024. Ou comprado em sebos.
Querendo fazer uma visita virtual ao local pelo Google Maps, é só clicar no link abaixo 👇🏼.
https://goo.gl/maps/HnY7geYZRyusemDA8
No vídeo abaixo temos alguns amigos que estiveram no local fisicamente 👇🏼.
Antônio, filho legítimo de João Gonçalves e de sua mulher Anna Alves do lugar de Villa Mea, Freguezia de S. Thomé do Castello, netto paterno de Sebastião Gonçalves e Maria Alves, digo, Maria Gonçalves, e materno de Moisés ) de Martins e Luiza Alves, do lugar de Villa Mea, nasceu aos vinte e seis do mez de Dezembro do anno de mil e oitocentos e trinta e oito, e foi solennemente, batizado aos trez dias do mez de janeiro do anno de mil e oitocentos e trinta e nove, por mim, Antônio Luis Borges Foz ) pároco desta freguezia e teve os Santos Oleos, foram Padrinhos Antônio Affonso Villella ao lugar de Villa Meã e Marina Gaspar do lugar de Fortunho e para constar se fez este termo.
Pároco Antônio Luiz Borges Foz (?)
(assinatura)
Estado da Guanabara em 1850
Filho de humildes camponeses, tendo apenas completado a instrução primária, veio com cerca de 11 anos de idade, para o Brasil, para a casa de seu irmão, aportando na Guanabara a 3 de Janeiro de 1850. Presume-se que veio com seus pais, informação não confirmada, a mais provável.
Durante 3 anos trabalhou no comércio da Corte.
Ao lado uma foto da Guanabara aproximadamente em 1850.
Cidade de Campinas em 1878
Daí passou para Campinas (SP), onde ficou por algum tempo até que se transferiu definitivamente para a capital paulista.
Ao lado uma foto da Cidade de Campinas de 1878
Maquete da Cidade de São Paulo em 1840
A capital paulista, que na ocasião tinha menos de 30 mil habitantes. Na época era considerado uma cidade pequena.
Ao lado a Maquete da Cidade de São Paulo em 1840. Encontra-se nas dependências do Museu Paulista e seu restauro faz parte da preparação das exposições do Novo Museu do Ipiranga em 2022. Pode ser visitada virtualmente no site: https://hfly.com.br/WP/index.php/maquete-da-cidade-de-sao-paulo-em-1840-museu-paulista-usp/
04 de Junho de 1885
Nos primeiros anos, (1864) foi distribuidor do Jornal Correio Paulistano. Naquele tempo, não havia bancas de jornais nos lugares públicos. A entrega se fazia à tarde, de casa em casa, e tão somente aos assinantes.
Honesto e espírito dócil. Como entregador de jornais, ia formando amigos e admiradores em toda a parte.
Muito ativo, correndo daqui para acolá as pessoas da rua o apelidaram de "O Batuíra"
Nome que o povo dava à narceja, ave pernalta muito ligeira, de voo rápido, que frequentava os charcos, formado no atual Parque D. Pedro II, pelos transbordamento do rio Tamanduatei em São Paulo.
Rua Cruz Preta, na visão poética.
Rua Cruz Preta, na visão real da época.
Dentro de pouco tempo, com as economias que reuniu, e naturalmente com o auxilio de pessoas amigas, montou um teatrinho nos fundos de uma taverna da Rua Cruz Preta.
Naquela modesta casa de espetáculos, muitos amadores fizeram sua estreia, inclusive Batuíra.
Era amante das artes, uma característica dos Espíritos de escol.
Perseverando no seu trabalho árduo, dedicou-se depois à fabricação de charutos. Assim, com bastante trabalho e economia, Batuíra fazia crescer suas modestas finanças, o que lhe permitiu esposar a Srta. BRANDINA MARIA DE JESUS, de quem teve um filho, JOAQUIM GONÇALVES BATUÍRA, que veio a falecer depois de homem feito e casado.
Rua Espírita na visão poética.
Vista pela Rua do Lavapés
Rua Espírita na realidade da época. (1904)
Vista pela Rua do Lavapés
Audaz como os grandes empreendedores o são, investiu seu dinheiro na compra de áreas desvalorizadas, iniciando a construção de pequenas casas para alugar, tornando-se assim um abastado proprietário, cujos haveres traduziam o fruto de muitos anos de trabalho árduo e honrado, unido a uma perseverança inquebrantável.
Batuíra estava rico.
A Rua Espírita começa na Rua do Lavapés. Nessa rua havia um aglomerado de casas populares construída por ele que eram alugadas aos mais pobres.
Na ocasião em que tudo parecia correr bem, falece, quase repentinamente, o filho único de sua Segunda esposa, D. MARIA DAS DORES COUTINHO E SILVA.
Era uma criança de 12 anos, por quem o casal se extremava em dedicação e carinho.
Este golpe feriu profundamente aquele lar, que só pode encontrar lenitivo à dor na consoladora Doutrina dos Espíritos.
Joaquim (Quim), com 12 anos, desencarna de tétano ao pisar no espinho de uma roseira
Com 5 dias o menino desencarna.
Diante da dor estrema, quando o menino estava sendo velado na sala da casa do casal, muito triste, Batuíra recolhe-se num quarto e se tranca por longo período. Notícias dão conta que é ali que ele tem uma experiência transcendente.
Vendo o espírito de "Quim" que o consola, Batuíra desperta de vez para as realidades espirituais e saí dali desejoso de consolar ainda mais os necessitados.
(Essa passagem nos remete a mensagem de Santo Agostinho)
“A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho…
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.”
Santo Agostinho
Entrega-se ao Espiritismo com todas as letras e passa a divulgá-lo como ninguém, vivenciando o Evangelho em cada expressão.
Depois desse acontecimento o casal ainda adota uma criança com necessidades especiais com sérios comprometimentos.
Tão grande foi a paz que o Espiritismo lhe infundiu, que Batuíra imediatamente pôs mãos à obra, no desejo ardente de que outros companheiros tivessem conhecimento daquela abençoada fonte de esperanças novas.
No ano de 1.889, Batuíra passou a ser, na cidade de S. Paulo, o agente exclusivo do "Reformador", função de que se encarregou até 1.900.
Ao lado duas capas do Reformador da época.
No dia 6 de Abril de 1.890, restabeleceu o Grupo Espírita Verdade e Luz que havia muito "se achava adormecido". O transplantou para o começo da Rua Espírita fundando uma gráfica nos fundos. O Jornal Verdade e Luz.
Adquiriu então uma pequena tipografia, destinada a divulgação e propagação do Espiritismo, editando a publicação atingiu no ano de 1.897, a marca de 15.000 exemplares.
De 1890 a 1909 foi editado pelo Batuíra, depois de seu desencarne prosseguiu com outras pessoas.
Tudo foi facilitado devido a amizade que tinha com Joaquim Roberto de Azevedo Marques, dono do Jornal Correio Paulistano já mencionado a cima. (Seu antigo empregador)
Batuíra era também médium curador, sendo centenas as curas de caráter físico e espiritual que obtinha ministrando “água magnética” (nome dado na época a água fluidificada) ou aplicando "passes magnéticos".
Segundo contavam, Batuíra se debruçava nos livros de homeopatia com o objetivo de aprimorar seu conhecimento e fazer de sua mediunidade um instrumento de alívio para os necessitados. Muitos perturbados e desequilibrados, tidos como loucos incuráveis pela medicina da época, voltaram à normalidade, graças a seu trabalho mediúnico.
Batuíra também foi considerado o médico dos pobres da mesma forma que seu contemporâneo Adolfo Bezerra de Menezes.
Batuíra, a exemplo de Bezerra de Menezes, trazia dentro de si o conhecimento espírita sem o saber, justamente por se tratar de missionários da Doutrina.
A ação benemérita de Batuíra não se circunscrevia, entretanto a estas manifestações da caridade cristã. Foi muito mais além. Criou ele Grupos e Centros espíritas em S. Paulo, Minas Gerais, Estado do Rio, ( no Rio de Janeiro, esteve algumas vezes em Vassouras, no Centro Espírita Bezerra de Meneses a pedido de Casimiro Cunha) os quais animava e assistia; realizou conferências sobre diversos temas doutrinários, em inúmeras cidades de vários Estados, ocasião em que também visitava e curava irmãos sofredores; espalhou gratuitamente prospectos e folhetos de propaganda do Espiritismo, por ele próprio impressos, e distribuiu milhares de livros da Codificação Espírita pelo interior do País.
"Além de tratar do corpo físico das pessoas, principalmente as mais carentes, através da água fluidificada, do passe e do receituário homeopático, Batuíra esmerava-se na parte espiritual, o que incluía os portadores de deficiências mentais que, na época, por falta de classificação médica das patologias, eram tratados como 'loucos', 'mentecaptos', 'idiotas' e outros termos tidos hoje como pejorativos e substituídos por classificações técnicas como esquizofrénicos, neuróticos, maníaco-depressivos etc.
Batuíra, porém, tanto quanto os espíritas, já distinguia destes doentes os obsidiados, isto é, aqueles submetidos a uma influência espiritual negativa que lhes modificava e/ou interferia em suas reações sociais e psicológicas do dia-a-dia. Assim, era sonho de Batuíra tratar desses pacientes em local aprazível, em meio à natureza, aplicando-lhes as terapêuticas espiritas. Para concretizar sua intenção, Batuíra adquiriu propriedade rural em Santo Amaro, comarca então separada de São Paulo, no começo do século.
Pelo que traz de conteúdo o artigo publicado em Verdade e Luz de dezembro de 1905, foi no início daquele ano que começou a funcionar a Chácara dos Obsidiados do Batuíra no bairro do Jequirituba, com benfeitorias, animais e instrumentos rurais. (...)"
De espírito humanitário, era comum Batuíra dar abrigo, além dos doentes e necessitados de toda sorte aos escravos foragidos, escondendo-os em sua própria casa até que conseguissem uma carta de alforria, um documento necessário para que obtivessem de vez a liberdade, que só se conseguia comprando dos donos dos escravos.
Rua Espírita vista pela Rua do Lavapés
Rua Espírita na realidade da época. (1904)
Vista pela Rua do Lavapés
Na Rua Espírita, esquina com Rua do Lavapés havia três construções que se destacavam.
A primeira era o Grupo Espírita Verdade e Luz, transplantado por Batuíra. Nos fundos tinha sua gráfica fundada pelo médium. Onde editava o Jornal Verdade e Luz e diversos folhetos sobre a Doutrina Espírita.
Logo em seguida sua casa, uma construção grande que logo se transformou num albergue, hospital e refugio dos escravos.
E por ultimo uma pequena Capela construída por Batuíra para sua esposa orar, ela era Católica. Hoje é Igreja de Santa Cruz.
Na sequência da rua, diversas construções populares alugadas por Batuíra a população simples de baixa renda.
Batuíra investe toda sua fortuna em prol dos necessitados.
Desencarna em 22 de janeiro de 1909, com 70 anos, pobre, mas rico em espírito. Seu corpo físico retorna ao pó. Esta sepultado no Cemitério da Consolação, São Paulo na Rua 11 terreno 37. Seu corpo espiritual, imortal esta pairando em esferas espirituais mais elevadas ajudando o Cristo.
Uma visão poética.
Jesus recebe Batuíra no plano espiritual após seu desencarne. Um missionário, apostolo da caridade retorna a verdadeira pátria.
No livro "50 Anos Depois", de autoria espiritual de Emmanuel e psicografia de Francisco Cândido Xavier vamos encontra-lo no personagem Lésio Munácio, cristão do segundo século.
Em Cinquenta Anos Depois, Emmanuel é o escravo judeu convertido ao cristianismo chamado Nestório, nascido em Éfeso no ano 131. De origem judaica, é escravizado por romanos que o conduzem ao país de sua anterior existência. Nos seus 45 anos presumíveis, mostra em seu porte um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, volta a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde a infância, é preso e, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte. Com os demais, ante o martírio, canta, de olhos postos no Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor de outrora, Lívia.
O romance, entretanto, tem como personagem principal a vida de Célia Lucius, nobre romana convertida ao cristianismo, que suporta as mais duras provas durante sua existência, tendo como pano de fundo as mudanças culturais e religiosas em Roma e seus impactos na sociedade.
Célia, expulsa de casa injustamente pelo pai, refugia-se em um monastério em Alexandria, no Egito, disfarçada como o Irmão Marinho. Ao morrer, descobrem que se tratava de uma mulher, muito abnegada e bondosa, que superou muitas injúrias, sempre com espírito cristão. Passou à história com o nome de Santa Marina, embora os detalhes de sua vida, de acordo com Emmanuel, tenham sido alterados.
Lésio Munácio é apresentado como um moço de família patrícia, inteligente, mas muito voltado ao prazer e à leviandade, símbolo de tantos jovens romanos da época que, em vez de seguir a disciplina e o esforço moral, buscavam o gozo e os caprichos fáceis.
O livro transmite que:
O tempo não apaga nossas responsabilidades espirituais; mais cedo ou mais tarde, a vida nos convida a reparar erros do passado.
O perdão e a caridade são caminhos de libertação.
Mais tarde o teremos na pele de Dom Diniz, esposo da Rainha "Santa" Isabel de Aragão, soberano Rei de Portugal entre os séculos XIII e XIV.
Biógrafos da época dão conta que Dom Diniz foi um Rei muito letrado e poeta de elevadíssima inspiração e muito justo.
A religião para Isabel era a grande força, a fé em Deus sempre foi a base de sua vida. Era difícil para ela ver a pobreza do povo. Ela, sempre que podia, estava no meio do povo doente e faminto, atendendo-o e distribuindo o que tinha.
Estatua do Rei Dom Dinis é um monumento localizado em Coimbra Portugal. Foi o sexto rei, reinando de 1279 a 1325, e é conhecido também como o "Rei Trovador".
Querendo fazer uma visita virtual ao local, é só acessar este link.
"Santa" Isabel, na obra "Nosso Lar", de André Luiz, é a Ministra Veneranda, um espírito de grande evolução espiritual.
A foto esta narrada em: Lucas 1: 39 17
Izabel, mãe de João Batista e prima de Maria, mãe de Jesus, também é o mesmo espirito.
Isabel (prima de Maria), Santa Isabel da Hungria, Santa Isabel de Portugal, Isabel Dias (india) e Veneranda (Nosso Lar) - Todas o mesmo espírito.
João Ramalho e Bartira ou Potira (a flor)
Dois séculos depois vamos vê-lo na figura do português João Ramalho, que vem para o Brasil colônia e se casa com a filha do cacique Tibiriçá, líder dos índios Guainazes,
Junto com os índios protagoniza o episodio histórico da Confederação dos Tamoios.
Veja mais sobre o assunto em A Historia de Paquetá.
Na imagem retratada, Aimberè, indio chefe dos Tanioios, esta morto. Ao seu lado, segurando seu corpo, está o Padre José de Anchieta que, piedosamente, o acolhe.
Autor: Rodolfo Amoedo Museu de Belas Artes no Rio de Janeiro.
João Ramalho por haver se casado com a índia Bartira ou Potira (a flor) selou uma espécie de elo de sangue com aquela tribo que luta ao lado dos portugueses. Após ser batizada, ela recebe o nome Cristão de Isabel Dias (Veneranda (Nosso Lar)).
João Ramalho ainda é contemporâneo dos padres Manoel da Nóbrega (Emmanuel) e Anchieta (Frei Fabiano de Cristo), os quais colaboram, juntos desses, na fundação de São Paulo.
Amigo do Governador da Capitania de São Vicente, Brás Cubas, João Ramalho funda ainda as cidades de Santo André da Borda do Campo e São Bernardo.
Não é, certamente, à toa que vamos vê-lo de volta no estado de São Paulo dando prosseguimento à monumental obra que iniciara no passado.
E, por fim, vamos encontrá-lo no grande pioneiro do Espiritismo, ajudando a implantar a árvore do Evangelho de Jesus na terra chamada por Humberto de Campos de a "Pátria do Evangelho e Coração do Mundo".
Vale ressaltar que espíritos como Batuíra, Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel, Euripedes Barsanulfo, entre outros, vieram de certa forma pavimentar a estrada do Espiritismo, antecedendo, inclusive, a vinda de Francisco Cândido Xavier, este último, com certeza, o maior missionário da doutrina codificada por Kardec, depois de Kardec, desdobrando de maneira hercúlea o trabalho iniciado pelo mestre de Lion.
Conhecer a história de pioneiros como Batuíra, sem dúvida, é valorizar a liberdade que hoje desfrutamos para, num país de grandes tradições religiosas como o Brasil, ser espírita consciente de que lá atrás, nas primeiras horas da doutrina que hoje nos consola, houve missionários que o Plano Espiritual nos enviou.
Sob as bênçãos de Jesus
E o amparo de Ismael,
Ei-lo de volta ao Brasil
Destemido e fiel.
Como outrora João Ramalho,
Do distante Portugal,
Cá chegou esperançoso
Em missão especial.
Quando em solo brasileiro,
Aportou inda menino,
Viu que aqui era onde estava
Toda a luz do seu destino.
Desde a capital do Império
Mourejando com ardor
Foi-se embora pra Campinas
Ser humilde lavrador.
Entretanto um apelo
Invisível e constante
O levou à capital
Da divisa bandeirante.
Homem bom e prestimoso
Que São Paulo jamais vira
Era, agora, simplesmente,
O bondoso “Batuíra”!
Mensageiro da esperança
Fez-se archote puro e vivo
Refletindo as claridades
Do Evangelho Redivivo!
Denodado tarefeiro
De incansável devoção,
Eis em cena o Pioneiro
Da Nova Revelação…
Foi, assim, que o missionário,
Com alegria e altruísmo,
Espalhou com seu exemplo
As luzes do Espiritismo…
— Batuíra Pioneiro!…
Ouve em paz nossa oração,
Que elevamos a Jesus
Reluzindo gratidão!
EURÍCLEDES FORMIGA
(Mensagem psicografada em reunião pública no Centro Espírita “Casa de Eurípedes”, em Taubaté-SP, no dia 26 de Dezembro de 2009, pelo médium Ari P. Rangel).
https://youtube.com/playlist?list=PLQ0OeVUK7KD7H6hh6ca0eUGZBWiSiVETN
1838: 26/dezembro reencarna Batuíra;
1850: Chega ao Brasil, RJ, com apenas 11 anos, onde já morava um seu irmão;
1853: Parte para a cidade de Campinas onde trabalhará como lavrador;
1856: Transfere-se em definitivo para a cidade de São Paulo, capital do Estado;
1889: Passa a ser representante da revista "Reformador", da FEB, em São Paulo;
1890: Inaugura o Jornal "Verdade e Luz" e ergue o Centro Espírita homônimo;
1908: Com ajuda de alguns confrades funda a "União Espírita do Estado de SP”
1909: Desencarna em 22 de Janeiro.
SEC.II: Lésio Munácio;
SEC. XIII e XIV: Dom Diniz
SEC. XVI: João Ramalho; e
SEC. XIX: António Gonçalves da Silva Batuíra.
TRAJETÓRIA EVOLUTIVA
SEC. I: Isabel (prima de Maria, mãe de Jesus),
SEC. XIII: Santa Isabel da Hungria,
SEC. XIII e XIV: Santa Isabel de Portugal,
SEC. XVI: Isabel Dias (índia Potira) Brasil Colônia RJ e SP
SEC. XX: Veneranda (Nosso Lar)
1 - No dia 15 de setembro de 2012, Gerson Simões Monteiro fez a palestra inaugural da Casa ainda no Hotel Farol e comentou com as meninas (Luciana Palma e Vânia Barboza) que o Mentor (Patrono) da CEIP é o Batuíra.
2 – Eduardo Henrique, palestrante e um dos fundadores e conselheiro da CEIP. Com um apelido carinhoso de DINDÃO confirma essa informação e acrescenta: "Batuíra prefere ser chamado de PATRONO. Intuição que teve em uma das idas a Ilha. E completa: Mentor fica parecendo Anjo da Guarda. Ele, talvez por enorme humildade (eu acho), prefere Patrono, ao invés de Mentor. A diferença é sutil, mas existe. Veja LE-490."
3 – Gerson S. Monteiro acrescenta posteriormente mais informações interessantes. Segundo Gerson sempre que descia da barca em Paquetá um destacamento de espíritos de índios Tupi-guarani o acompanhava até a CEIP.
4 - Alfredo Luiz, palestrante e presidente Grupo Espírita Principiantes de Boa Vontade em Ricardo de Albuquerque confirmou que Batuíra é o PATRONO da Casa e acrescentou que viu num dia de comemoração do aniversario da Instituição um espirito feminino de altíssima hierarquia que ele supunha (intuição mediúnica) ser a Veneranda de Nosso Lar acompanhando Batuíra.
5 - Ricardo Guimarães estudando a trajetória evolutiva de Batuíra descobre que João Ramalho (Batuíra) esteve na Baía de Guanabara, local onde fica a Ilha de Paquetá / CEIP na incursão no episódio histórico que ficou conhecido como "Confederação dos Tamoios". Sabemos historicamente que a Ilha de Paquetá foi habitada (ou frequentada) pelos índios Tamoios.
6 - Éder Andrade, um ilustre expositor e articulista de periódicos espíritas, um colaborador da CEIP em diversas áreas, também por intuição mediúnica acredita que o Batuíra seja o PATRONO da Casa Espírita Ilha de Paquetá.
7 - Diversos outros médiuns ao fazer a prece na CEIP ou em lives ou estudos a distância tiveram a intuição do Batuíra ou de sua falange de trabalhadores.
8 - Batuíra não é somente o Patrono da CEIP (Casa Espírita Ilha de Paquetá), mas uma espécie de governador de toda a Ilha de Paquetá e ao entorno. Assim como Ismael é do Brasil.
Este Livro começou a ser escrito por Humberto de Campos (Irmão X) e Humberto de Campos Filho e não concluído. As pesquisas pararam em dezembro de 1997. Em 1998 Umberto Filho desencarna.
Foi entregue o rascunho ao Eduardo Carvalho Monteiro que conclui, formata e publica.
Esse livro tem um equivoco biográficos. A data de nascimento do Batuíra.
Este Livro foi escrito por Eduardo Carvalho Monteiro que corrige os erros biográfico do livro anterior, principalmente a data de nascimento de Batuíra com a sua Certidão de Nascimento e acrescenta alguns embates do Batuíra com a igreja e algumas graças recebidas por intermédio de sua mediunidade.
Este livro é a síntese de dezenas de mensagens psicografadas por Chico Xavier pelo Espírito de Batuíra.
São páginas que nos exortam à construção do bem pelo trabalho, ensinando-nos que mais trabalho significa sempre mais luz.
Este Livro foi editado em 1970
Esse romance belíssimo psicografado por Adeilson S. Salles pelo espirito de Batuíra.
Esse romance fala de um casal ansioso por filhos e a gravidez que não se concretiza. De outro lado, um aborto criminoso, inclusive com a morte da gestante. Como analisar essas questões? Por que estes extremos? Ao lado desses efeitos e conhecimento das causas, o casal sem filhos transforma a própria vida ao adotar duas meninas. Os fatos se ligam aos atos praticados, trazendo a visão da ação e reação na vida humana, neste belo romance que toda família deve ler.
Muitas histórias sobre Batuíra nos chegam até os dias de hoje. Uma interessante que vale a pena relatar é do fazendeiro rico na Província de São Paulo e sua esposa muito doente.
A esposa estava desenganada pelos melhores médicos da época. Ela tendo ouvido falar sobre Batuíra, que era uma figura que estava se tornando cada vez mais conhecida, pelas suas curas através da homeopatia. Pediu ao marido que fosse até a Rua Espírita buscar remédios para seu tratamento.
O fazendeiro tão poderoso, quanto orgulhoso, a contragosto atendeu o pedido da companheira e foi buscar o tal remédio, a tal homeopatia.
No meio caminho do Lavapés, até chegar na Rua Espírita ele encontrou uma nascente de água límpida e como estava levando uma garrafinha, resolveu enche-la de água e voltou para casa. Ao encontrar a esposa entregou-lhe a encomenda.
E disse-lhe: Que era para tomar uma colher de sopa quatro vezes ao dia. Quando terminasse a garrafa, ele voltaria para buscar mais. A esposa recebendo a encomenda, disciplinada, iniciou o tratamento.
E curiosamente começou a apresentar melhoras. Melhoras consistentes. Para a grande surpresa do fazendeiro.
Ardiloso, o fazendeiro, arma um plano para desmascarar aquele charlatão espírita. Então, escolheu um dia que era de uma palestra pública e foi até lá, prepotente e orgulhoso.
Certo de ser possuidor de um grande trunfo na mão para desmascarar aquele velho charlatão, que se dizia espírita.
Mas para quem se julgava de posse de um trunfo na manga, quem teve o choque da surpresa foi o próprio fazendeiro. Mal houvera se colocado entre a plateia, Batuíra que fazia a palestra, dirigiu a palavra diretamente a ele e disse: “o Senhor perdeu seu tempo vindo até aqui, era só encher de novo a garrafa com a água daquela bica que os espíritos colocariam os remédios na água para que a cura de sua esposa se concretizasse faça isso e nada mais”.
Envergonhado o fazendeiro retirou-se do recinto, refletindo em tudo que acontecera.
Era a clarividência extraordinária de Batuíra, o fazendeiro voltou no dia seguinte para nunca mais se afastar dos trabalhos do grupo espírita.
Nesse momento Batuíra passa a realizar sua tarefa missionária. O conhecimento assimilado da doutrina espírita que havia se preparado no mundo espiritual, antes de reencarnar, desabrocha em exemplos reveladores. Dando um testemunho principalmente daquilo que a doutrina nos traz na verdade Consoladora, Esclarecedora e Libertadora.
A fé raciocinada e a certeza da imortalidade da alma. O verdadeiro sentido do “Amor Crítico” desabrocha a ponto de assombrar a sociedade bandeirante.
Éder Andrade
Referências:
1) Monteiro, Eduardo Carvalho; Batuíra Verdade e Luz; Ed. Lumen Editorial.
Não deixem de visitar a página com o pedido de Cura à Batuíra.
Só lembrando que Batuíra fazia muitas curas através da homeopatia e principalmente da água fluidificada.
Batuíra Atualizada Por IA